Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Abutre-Preto


Classificação:
CRITICAMENTE EM PERIGO -  CR

O abutre-preto (aegypius monachus) é uma ave da família accipitridae. Trata-se de uma ave de rapina necrófaga de grandes dimensões. 


 Na Europa a espécie sofreu um acentuado declínio até aos anos 70 do século xx, estando actualmente em recuperação tanto na península ibérica como na Grécia. Em Espanha a população cresceu desde c. 200 casais nos anos 70 até aos 1845 casais no último censo, em 2006. Em Portugal, a população está extinta como reprodutora desde o início dos anos 70, mas o número de observações tem vindo a aumentar desde os anos 90, tendo sido registadas algumas tentativas de nidificação em território nacional, até à data com muito pouco sucesso.








domingo, 20 de fevereiro de 2011

Milhafre-Real


Como nidificante, o milhafre-real encontra-se em declínio acentuado e tornou-se bastante raro em Portugal, sendo hoje uma ave extremamente ameaçada. Distribui-se quase exclusivamente pelo interior norte. Em contrapartida, durante o Inverno e, nomeadamente, entre Novembro e Fevereiro, os efectivos são reforçados por aves invernantes provenientes da Europa Central e do Norte, tornando-se então relativamente frequente no interior sul.

Nome científico: Milvus milvus
Classificação
População residente: Criticamente em Perigo (CR )
A nível mundial: Vulnerável.
Costuma ser encontrado em regiões montanhosas e planícies, florestas com grandes árvores, perto de lagos e áreas descampadas e campos de cultivo.
A cabeça é de cor clara e a cauda, em forma de forquilha, é de cor avermelhada
Comportamentos: As comunidades do sul da Europa são sedentárias, enquanto que as do norte são migradoras, podendo mesmo chegar a invernar no norte de África. A maioria das vezes captura as suas presas em terreno aberto em voos rasantes ao solo. Outras vezes encontra-se pousado numa árvore, onde descansa por longos períodos, ou é observado no ar de asas imóveis vigiando uma presa mesmo por baixo de si..
Dieta: Possui uma dieta muito variada. Oportunista, têm a capacidade de se adaptar às condições locais. A sua excelente visão permite-lhe detectar de imediato qualquer carcaça abandonada. É especializado em capturar presas no solo. Assim, roedores, lagartos, batráquios, e peixes fazem parte da sua dieta. Crê-se que 50% da sua alimentação seja composta de invertebrados.



Reprodução: No fim de Março, principio de Abril, começam as suas paradas nupciais emEo. Por vezes, macho e fêmea “embaranham-se” um no outro pelas patas, tombando e asas abertas até à copa das árvores. O casal unido para toda a vida constrói todos os anos um novo ninho, que geralmente se situa a 12 ou 15 metros de altura no cimo de uma árvore.

Ameaças: O abate e o envenenamento constituem as ameaças mais importantes à sobrevivência da espécie em Portugal. Os seus hábitos alimentares (necrofagia), e métodos de caça (voo baixo e lento), tornam-na altamente vulnerável a estes factores.

Medidas de conservação: Entre as medidas destacam-se:
- desenvolvimento de campanhas de sensibilização junto a caçadores, guardas e gestores de caça, agricultores, pastores e público em geral
-activação de alimentadores artificiais;
-correcção de linhas de transporte de energia em zonas de maior densidade da
espécie

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A víbora-cornuda

Nome Científico: Vipera latastei                                           
Biometria: Comprimento: max. 70 cm

EstatutoEspécie vulnerável
Distribuição: Em Portugal está presente um pouco por todo o território, em núcleos populacionais fragmentados.



    Inconfundível pelo apêndice proeminente que ostenta na extremidade do focinho e que está inclusivamente na origem do nome que lhe atribuem, a víbora cornuda é um dos animais de que iremos falar, já que está em vias de extinção e encontra-se na maior parte da Península Ibérica, excepto no extremo noroeste, e também no norte de África.
   Esta espécie, que em Portugal pode ser encontrada em várias zonas, habita de preferência nas zonas montanhosas. Consta da área do Parque Natural de Montesinho, com lugar de destaque entre os répteis que aqui se podem encontrar. A sua dieta é variada, constituída por pequenos mamíferos e répteis, anfíbios, podendo mesmo alimentar-se de aves e insectos
   Contudo, esta espécie encontra-se em declínio devido  à acção humana, pela perturbação cada vez mais acentuada do seu habitat, por incêndios florestais e por morte deliberada, quer para comércio e coleccionismo quer por lhe estar associada uma imagem maléfica
   É um animal difícil de encontrar, a não ser por mero acaso, pelo que, quando isso acontece, o registo visual é muito próximo, o que torna a situação pouco agradável. Não pelo seu tamanho, que é de cerca de 80 cm, mas sobretudo por ser venenosa.
   São predadas por rapinas, javalis, sacarrabos, ginetas, ouriços cacheiros e por outras cobras. Como mecanismo de defesa usa a fuga, embora quando ameaçada sopre e tente morder. 
É uma espécie diurna, embora nos dias mais quentes passe a ser crepuscular ou mesmo nocturna.

Reprodução: Primavera. É uma espécie ovovivípara em que a fêmea origina 5-8 crias no
final do verão.
Em Portugal, existe ainda a ideia que não existem cobras venenosas no país. Nada mais errado, o que não existe são cobras com venenos muito tóxicos, o que é significativamente diferente.
Importante mesmo é que esta espécie faz parte da fauna portuguesa e a sua existência é muito importante no combate aos pequenos roedores...